Fria e sem graça

Muito engraçada a reportagem da RBS sobre São Joaquim no sábado. Eles conseguiram mostrar uma cidade que a gente sabe que não existe. Sem querer esculhambar com a nossa geladeira da serra, tirando a neve que a deixa atraente para pessoas de prazeres esquisitos que se sentem bem congelando, num campeonato de beleza (boniteza, atrativos, detalhes, limpeza, cuidados, etc.) ela seria rebaixada. Nesses quesitos, de 20 cidades catarinenses ela não entraria nas quatro últimas – não dava nem série B. Pior que o Tigre. Comparando com Campos do Jordão ou Gramado, que têm o mesmo apelo turístico, é de morrer de vergonha. Lá parece a Suíça, aqui a Chechênia. As ruas centrais são tão esburacadas quanto Criciúma, só que lá não tem obra de esgoto . Pra não dizer que não se percebe nenhuma iniciativa de melhoria por lá, houve uma. No trânsito. Instalaram mais um semáforo de três fases na rua principal (e nem é num cruzamento). Demorado e irritante.

E assim caminha a pobre cidade. Sobrevivendo de uns floquinhos gelados aqui e ali e escancarando a falta de vocação de suas autoridades para o turismo. Sorte deles é que alguns empreendedores privados ainda insistem em aportar por lá.

A RBS camuflou a realidade e está prestando um desserviço à São Joaquim. A reportagem conseguiu achar até vida noturna na cidade. Deve ser a dos sapos.