julho 30, 2015

No fim, deu tudo certo (repostagem de abr2013)

A choperia do Pio Correa

Choperia

Os ricos são uma classe engraçada. Eles gastam o olho da cara(!) pra viajar pra Europa e, aí, quando têm a sorte de ver a Europa no quintal deles, fazem um berreiro horroroso.

É que vai abrir um choperia no Pio Corrêa e eles estão fazendo campanha contra. Essa choperia, pelo que consta, vai ser exatamente do nível do pessoal que mora lá. Não dá nem pra dizer que é padrão Blumenau, que é top em chope. A julgar pela ranking do dono, padrão Blumenau ele deixa pro Cristo Redentor ou Paraíso, no Pio Correa vai ser padrão Munique.

Supersônico

Então, porque o berreiro? Alguém falou que é por causa do barulho. Só pode ser brincadeira. Casa de rico não é que nem a nossa. Não é qualquer barulho que interfere no ambiente. Se um Concorde dar um rasante à noite no Pio Correa, os afortunados vão achar que entrou um mosquito no quarto.

Movimento do contra

Só pode ser, então, falando em aviões, o aporte de moças bem tratadas que vão aterrissar e taxiar na região. Isso perturba… às madames. Nisso os ricos são que nem nós. Se mulher de pobre incomoda, mulher de rico incomoda muito mais. Incomoda mais que um caminhão de macacos. Porque têm mais a perder. Elas torram o saco do marido bacana quando se vê confrontada com uma modelo tratada a Euro. Nessa choperia vai ter às dúzias; maridos serão atraídos e… madames saem em campanha.

É isso. Descobrimos.

julho 28, 2015

Em tempos de Lava-jato, Odebrecht e etc, vale a pena ver de novo…

Engenhão interditado

Eduardo Engenhão

Construído pela Odebrecht e pela OAS, o Engenhão custou R$ 380 milhões aos cofres públicos começou em 2003, ficou pronto em 2007 e já está em frangalhos.

Diz e Eduardo Paes: “Se for um problema de projeto, a responsabilidade é da prefeitura, se for um problema de execução, a responsabilidade é de quem fez. Vamos apurar".

Ô Eduardo! Pra que apurar? Qualquer imbecil desse país, e nós somos imbecis para car%$#&, sabe que quem vai pagar é a prefeitura. A não ser que… Ah tá! Dá pra encaixar um contratinho sem licitação pra peritagem…

julho 24, 2015

Largando o cigarro

Famoso advogado criciumense tenta encerrar relacionamento com o tabaco maldito, seguindo recomendação médica:
  • uma a duas carteiras por dia –> usar o adesivo anti fumo no braço
  • três a quatro –> usar o adesivo no braço, na barriga, na mama e no glúteo
  • mais que quatro (caso dele) –> adesivação severa (conforme abaixo)

Adesivado

às 08:09 3 comentários:

julho 21, 2015

As delícias da vida de casado

Ciumenta

Um amigo ligou:

- Tu já saiu?

- Não.

- Dá uma carona?

- Ok.

Minha mulher estava escutando.

- Queeeem eeeera?????

- O Juarez?

- Que Juarez?

- O único Juarez que eu conheço, que casualmente tu também conhece.

- E o que ele queria.

- A pessoal vai se reunir na Toca da Batata. Ele também vai.

- Então porque tu disse “não”?

- Como assim?

- Tu atendeu o telefone e disse não.

- Ah! Ele perguntou se eu já tinha saído. Ele quer carona. Porra, mulhé, isso parece Teodoro e Sampaio.

- E o segundo “não”?

Fiz uma pequena pausa. Não lembrava de um segundo não. Acho que nem teve. Antes tivesse inventado alguma pergunta para a qual coubesse um outro não. O fato de ter titubeado um nano-segundo, tentando lembrar, armou todos os neurônios da mulher. Como não, se ela sabia (eu tinha dito) que ia?

- E o que era aquele “Ok” depois do “não”?

Liguei de volta por Juarez:

- Cara, não vou mais.

julho 16, 2015

O estranho mundo das manchetes

Manchetes

No sentido lato temos percebido sensíveis alterações na dinâmica criativa das manchetes. Dos jornais. De Criciúma. Está havendo uma certa permissividade cuja qual se equilibra na linha tênue do bom senso, escorregando amiúde entre o semichulo e subculto.

No strictu, temos que “Malafaia ‘vai ferrar’ a Forbes” é mais que um escorregão. O articulista, buscando uma integração mais direta com seu leitor, apela irresponsavelmente para o semichulo usando um termo que, bem analisado, não tem nada de semi. Tivesse dito “vai f&%#$ (foder) com a mãe do Forbes” teria obtido a mesma conotação e efeito mais direto.

Um outro exemplo captado pela artepaint (acima) diz respeito ao uso do termo “permeiam”. O que levaria uma pessoa em seu estado normal a escrever “permeiam”? É assustador. Uma pessoa assim é capaz de escrever qualquer coisa. Não há classificação ortosemântica para isso, mas abre-se um leque perigoso todo voltado para a perversão. O autor certamente se diverte na mesma proporção do senso de ignorância lato e strictu que provoca.

“Um brinde ao Goethe!" não vamos comentar.

julho 14, 2015

Essa foi fácil pro juiz

Estagiaria no escritorio

Once upon a time, famoso advogado do Turvo, hoje militando nesta cidade de prefeito mutatis mutandis, recebeu a tarefa de contestar uma ação de usucapião. Coisa simples, ctrl+C/ctrl+V pra não se incomodar, imperdível.

Era tanta a imperdibilidade que nosso desastrado famoso adv abusou. Diante de um compromisso de última hora na área do entretenimento alternativo, ele terceirizou a digitação da peça à… estagiária.

E a estagiária fez uma excelente peça. Excelência acima de 95%, bem provida de termos como precária posse, ad usucapionem, restar induvidoso, má-fé litigante da autora, etc.

Por uma única palavra - um pequeno anexo à palavra, por assim dizer, a peça não atingiu o 100%. A loira estagiária subavaliou a importância do IM  e pediu ao juiz a PRODECÊNCIA da ação.

Não vem nem ao caso questionar qual o grau de instrução da loira. Estagiária é um ente programado pra errar. Quer o quê? Que além de gostosa bonita seja infalível? Não é assim. Ela não tem obrigação nenhuma de saber nada. Ao contrário do incompetente chefe dela que passou batido na correção e foi salvo por um acordo (desvantajoso) de última hora proposto pelo autor.

Putz pê-ésse: foi nessa mesma época, por coincidência, que o ilustre migrou para esta cidade de prefeiturância instável.

julho 09, 2015

O dinheiro é f#%&

conquistando-uma-mulher

Cientistas pesquisaram e comprovaram o desastre (para nós, pobres): a frequência de orgasmos tem a ver com poder aquisitivo. Deu no G1. Homens mais ricos proporcionam mais prazer às mulheres durante relações sexuais. Em linguagem de quebrado: mulher que dá pra rico goza mais que com pobre. É o que descobriram dois filhos-da-puta cientistas da Universidade de Newcastle, na Grã-Bretanha.

Os caras chegaram a essa conclusão com base numa pesquisa chinesa que contém a maior base de dados já coletada (como se a vida sexual de um chinês fosse base pra alguma coisa).

“O orgasmo serve para selecionar entre os machos com base em sua qualidade. Assim, deve ser mais frequente nas fêmeas unidas a machos de alta-qualidade. Parceiros mais desejáveis levam as mulheres a terem mais orgasmos”. Entendeu? Nem nós. Mas tem a ver com seu saldo bancário.

Buscamos alguma relação dessa realidade (desagradável, sob certo ponto de vista) com o nosso mundo carvoeiro. Felizmente a mulher criciumense, gozação à parte, é diferente. Ela tanto entra fácil na Mercedes do Angeloni, no Camaro do Salfer como no nosso Corsa 98.

julho 06, 2015

Um mar curativo

Mar marrom

Deu no programa do padre Serginho*, sucessor do grande mestre em gerenciamento de tempo padre Samiro Tô Atrasado Meurer, que tomar banho de mar é excelente para a saúde. Não se sabe de que mar o Serginho estava falando, mas a possibilidade de ter sido o Rincão é real.

As vantagens de um banho de mar poderiam ser avaliadas pela ótica mineral. Soubemos pelo Serginho que mergulhando no mar do Rincão qualquer afortunado será submetido a uma dose curativa de cobre, zinco, ferro, manganês, iodo e mercúrio. Nem parece que aquilo é mar, parece o parque mineiro da Vale. Para usufruir os benefícios da jazida água, o mergulho tem que se dar na segunda rebentação. Se for na primeira, ou seja, na beirinha, a dose perde sua curatividade e deixa o paciente atolado numa carga altamente insalubre de barro (não por outro motivo a água do Rincão é marrom) e outros resíduos que bronzeiam pelo modo sujo.

Sobre os coliformes fecais que abundam na areia, Pe. Serginho não falou.

(*) Não é padre de verdade, mas é como se fosse.

julho 02, 2015

Morto-vivo

morto-vivo teclado

Minha mulher me deu um comprimido para alergia e avisou:

- Cuidado que dá sono…

Ela falou mais alguma coisa mas não escutei. Já tinha desmaiado. Penso que a melhor forma para uma esposa matar o marido deve ser mesmo administrando-lhe um comprimido. A gente toma na boa. A maioria dos maridos sempre toma.

Dormi vinte e quatro horas e acordei mal, totalmente grogue. Não fui caminhar cedo como de hábito. Nem levantei. Nada levantou. Ao meio-dia, meio cambaleante, saí da cama e fui para a mesa. A alergia tinha sumido, assim como minhas forças, minha vontade e meu humor. Almocei e sentei no sofá para ver o Globo Esporte e o Jornal Hoje. Só vi o primeiro – pela metade. Adormeci. O efeito do remédio do capeta parecia interminável. Depois de duas horas, de novo desperto (meia-boca), imaginei que teria que tomar uma atitude. Eu parecei um sonâmbulo, olhava sem ver. O torpor me dominava e eu tinha que fazer alguma coisa. Fui para a rua. Saí para caminhar e fui, caminhando, caminhando e quando passei pela loira… aconteceu.

Ela era uma mistura de Gisele Bündchen com a Patrícia Poeta, se essa fosse loira. Só sei que era linda. Ensaiei um sorriso, passei por ela e… fui escandalosamente ignorado. Nessa augusta e simbólica hora me veio uma apavorante sensação que insiste em me acompanhar: e se eu morri??? E se a loira não me percebeu porque eu já não existo?

Meu Deus!!! Me chegam pensamentos escabrosos que me assustam cada vez mais. Por que eu não li a bula do maldito comprimido? Lembro do meu primo, espírita, que insiste em dizer que a vida do outro lado é tudo igual. Que a gente morre mas continua dormindo, acordando, caminhando… Igual a cara dele. Igual como se as loiras não te olham?

E é isso gente. Agora, neste momento, aqui digitando, não sei se estou vivo ou morto. Estou postando isso numa tentativa de provar para mim mesmo que estou vivinho, mas não adianta. Se meu primo está certo tudo o que faço de um lado parece com o do outro e vice-versa. Entenderam?

E não adianta vocês comentarem este post para, eventualmente, me ajudar. Não recomendo. Vou achar que vocês também estão do outro lado. Vai parecer ajuda do além.

Coisa de louco!