junho 26, 2019

Murphy no chuveiro


Meu caro Putz,

Detesto a lei de Murphy, detesto Murphy, detesto tudo. Sou mau humorado, assumo, pronto. O Murphy é meu desafeto mor. Parece que ele fez essa lei do demo pensando em mim. Ela me persegue. A última aconteceu no banho. Queimou o chuveiro e não precisa dizer que fazia um frio canalha. Também não precisa dizer que eu estava exatamente 100% ensaboado e enxampuzado. Tem uma população de seis pessoas na minha casa, inclusive minha sogra e mais duas cachorras que uma vez por semana vão pro chuveiro. Minha sogra toma dois banhos (às vezes três) por dia, a despesa com energia é um inferno. E o maldito queima exatamente comigo. Ainda fiquei um minuto aguardando, poderia ser falta de luz. O rádio ligado disse que não. E enxaguar toda aquela espuma na água gelada, sério, não desejo pras cachorras. Mas pro desgraçado do Murphy e pra lei dele eu desejo muuuuito.

junho 12, 2019

Namorados em fila pra transar

Dia dos namorados
Duas vertentes mercadológicas são responsáveis por esse espetáculo constrangedor que é aquela multidão de casais numa fila quilométrica à porta do motel torcendo para os que estão lá dentro gozem o mais rápido possível (o momento), para que dê tempo de ele dar a sua antes que o dia 12 acabe:

1) O marketing. Criou uma necessidade que não existia. Cidadão que nunca teve experiência sexual fora da cama própria, hoje se vê nervoso cada vez que a fila anda;

2) O crédito. Como disse tresloucadamente o apoteótico Luiz Carlos Prates, hoje todo “miserável” (sem ofensa, foi o Prates quem disse) tem carro. Carro tem tudo a ver com motel e… uma coisa leva à outra.

Agora, sem querer azedar a relação, tão vendo a fotinho acima? É a fila pros motéis da Içara antes do meio-dia. No São Simão tá igual.

Apressem-se.

junho 05, 2019

Broxa passivo


O Ministério da Saúde é um órgão gozador, com perdão do trocadilho. Gozador e sádico. Gozador, sádico e incompetente.
Gozador porque o texto da foto acima “o uso deste produto diminui, dificulta ou impede a ereção” é uma ironia mal-intencionada face seu cunho humilhante e ridicularizante, quiçá ambos. Isso é gozação.

Sádico porque trata com morbidez de uma eventual anomalia que aterroriza todo homem que se preze, a impotência.  Isso é sadismo.

Incompetente por fazer uma campanha que atinge apenas 50% do público abrangido pela fumaça, quiçá menos.

Aí, finalmente, o fim do nosso post. Sabia você, caro não fumante, que inalando fumaça aqui e ali você foi, é ou será um broxa passivo? É... a vida é dura. É sabido que o cigarro afeta tanto o fumante ativo como também aquele que está por perto, quiçá mais. Então é assim: você vai na 1051, Wynn ou Oz e se empanturra da fumaça disponível (que você não produziu), deu sorte com uma gata e conseguiu organizar um joguinho mais picante. Ocorre que, já na preliminar, seu atacante acusa uma indisposição irreversível. Não adianta excomungar a falta do tarja azul, as cervejas que tomou a mais, achar que a gata era muito atirada ou muito “cheirosa”, quiçá tudo.

A culpa é do Ministério da Saúde e da campanha sem-vergonha que não preveniu você dos perigos da fumaça broxante no modo passivo.