fevereiro 25, 2021

Setor (de assalto a banco) precisa de regulamentação

 



Grande destruição pra pouco resultado. O Putz já tratou o cerne da questão. Vamos reproduzir:
Manual de instruções

São umas barbaridades essas explosões em bancos para saques não autorizados. É assustador e está virando problema de segurança nacional, sem que se vislumbre solução imediata.

Falamos com um especialista. Ele acha que tem solução, mas é preciso quebrar paradigmas. Disse ele:

Caro Putz, é preciso se colocar no lugar do cofreiro, caixeiro ou terminaleiro. Ele, por sua formação sub-acadêmica, sabe que dinamite abre cofre, caixa eletrônico, terminal, etc, porém, não tem a mínima ideia de quantidades. Não existe bula ou manual de instrução que indique as doses necessárias para explodir cada coisa. Saca só o pipino. Como pode alguém explodir dinamite sem manual de instrução? Sabemos também que esses profissionais trabalham sob pressão de tempo. Pior, nunca ha chance de segunda tentativa. Ele entra com seus auxiliares na agência com 5 ou 10 bananas de dinamites, sem manual ou bula, e surge a situação:

Auxiliar – Uma ou duas bananas, chefe?

Profissional – Duas, pra garantir.

Auxiliar – E se não abrir, chefe? Além de perder o ponto, perdemos as duas bananas.

Profissional – E os colegas vão gozar da nossa cara. Quer saber? Acende as 10.

É isso que está acontecendo. É preciso que as autoridades facilitem treinamento nessa área. Cursos online, via internet – sigilo garantido, é uma opção. A outra é facilitar informações para evitar a destruição. Questão de custo/benefício. Se, por um lado, deixar o segredo de cada cofre impresso no rótulo seria humilhante; rebitar plaqueta em cada um com informações úteis pode evitar o pior: “ATENÇÃO! PARA ABRIR UTILIZE ATÉ DUAS BANANAS DE DINAMITE OU 250 ML DE NITROGLICERINA.” 

fevereiro 05, 2021

Gerenciamento de tempo*

 



Você, amigo PutzNauta, que em certos momentos da vida acha que não consegue fazer tudo o que quer…

Ouça Padre Samiro. Todos os dias, das 5 às 7. Na Eldorado. Pode ser de grande valia. O Padre é acometido de uma espécie de síndrome mórbida de descontrole de tempo. Qualquer que seja seu problema, PutzNauta, não será igual ao do Padre.

Sexta-feira, entrou dona Terezinha, às 6:55h, para fazer seu comentário religioso semanal e ele foi avisando:

-- Estamos atrasados, Dona Terezinha.

A Dona Terezinha surtou.

-- Ah não,Padre. Toda sexta o senhor me inferniza atazana com essa história de atraso.

Óbvio que Dona Terezinha não acompanha o programa do Padre. Se acompanhasse saberia que ele já começa atrasado. Começa, desenvolve e encerra atrasado.

Não é de hoje. O programa era de uma hora e foi aumentado pra duas pra ver se desafogava.

Mas o problema não é o tempo. É psicológico.

Dá pena escutar os fiéis participando. Até velhinhos, que ligam dando graças à Deus por estar ao vivo na rádio, são atropelados. Nome, endereço e… “dê o seu recado que já estamos atrasados.” Mesmo no meio do programa, perto de entrar um comercial, o Padre fica atacado quando alguém passa de uma frase. Outro dia ligou um senhor quase chorando. Soluçava, aliás. Queria uma benção porque o mulher estava mal. O clima requeria uma intervenção confortadora do serventuário de Deus. Uma palavra de paz seria oportuna, dizer que iria rezar para a esposa melhorar e etc. Qual nada. “Seja rápido que nosso tempo está acabando.”

O tempo tá matando o Padre. Outro dia ele brigou com o MSN, que estava muito prolixo.

O Putz acha que o Padre precisa de terapia. Ou de uma programa de 24 horas. Ou de uma rádio só pra ele.

(*) Post antigo, mas atual.