A Locomotivaria

Deu no jornal que uma certa criciumense recebeu o título de locomotiva da cidade. Soubemos também, emocionados, que ela passou a integrar o seleto e fechadíssimo Clube das Locomotivas, no qual figura a venerável senhora Mirza Castro como rainha da categoria.

Nós, enquanto putzdesgraçados, acusados aqui e ali por só criticar o que dá errado em Criciúma, tipo o Tigre, os buracos do Salvaro e a devagar e quase Parada Gay – a gente aqui assume essa balda feia, taí uma faceta da nossa cultura que serve de exemplo. Como funciona bem…

Evidentemente, por ser um clube fechado, nós não dominamos os segredos da Locomotivaria. Entretanto, com base no que grassa na mídia especulativa, podemos inferir alguns predicados e exigências que habilitam essas dondocas senhoras de fino trato a alcançar o locomotivanato. Por exemplo:

• Não fazer nada de útil dá status. Até pode trabalhar, mas perde pontos;
• Dar festa para mais de 100 mulheres emergentes (considere-se emergentes aí, os maridos);
• Sentar, falar e andar com arrogância;
• Aparecer com freqüência razoável na coluna do Murilo, do Ney e da Zucleide. Se for entrevistada pelo Amaury Dé Junior no Canal 20 conta pontos extras;
• Dirigir carro importado (do marido) com cachorro (raças nobres) na janela;
• Comprar adoidado e não pagar (esse é um item importante. Faz a candidata ser comentada e, óbvio, lembrada nos rankings).
• Abusar das plásticas e botox. Um conta ponto e o outro tira. Não sabemos qual é um, qual é outro.