Olha só o que deu a história de não precisar apresentar título pra votar…
Seu Putz foi votar no São Bento e o mesário:
-- Ôpa! Esse título já votou.
O Putz falou o como assim de praxe e o mesário, falou para o presidente da mesa:
-- Ó! Esse aí tá querendo votar de novo.
E o Putz:
-- Tá! Deixa ver onde eu assinei.
Não tinha assinatura. Só que o comprovante, aquela linguetinha anexa ao nome do eleitor no livro de votantes, também não estava.
-- Tá na cara que não votei. Libera a máquina aí que vou lá e voto.
Pior que não dava. O mesário não conseguia liberar e a fila na porta foi acumulando. Aí o Putz, fazendo panca de cidadão consciente:
-- Vocês dêem um jeito. Eu quero votar. Não saio daqui sem votar.
Chamaram fiscais, chamaram um cara que parecia supervisor e ele foi lá consultar não se sabe quem (acho que o TRE). Ele voltou e disse:
-- O presidente da mesa decide. Vocês tomem a decisão que for preciso.
Tradução: “ninguém sabe desatar, dá um jeito.” O presidente (da mesa) emputeceu.
E o Putz:
-- Se eu não puder votar, vou fazer denúncia. Vou pras rádios.
Nessa hora (crédito para os da mesa – mesmo sob aquela putzpressão, buscavam soluções), uma outra mesária achou uma linguetinha anexa solta embaixo do livro. O nome por ordem alfabética era um acima do Putz.
-- Checa aí se esse cara assinou.
-- Positivo. Assinou.
-- Digita o número do título dele pra ver se a máquina libera.
Digitaram e…
-- Liberou.
E o Putz foi lá e votou em nome de outro. Quer dizer, mais ou menos. Um outro já tinha votado em nome dele.
Último lance:
-- Tá! E o meu comprovante?
-- O senhor pode levar essa linguetinha. O cara esqueceu.
-- Ne-ga-ti-vo! Quero o meu. Sem comprovante não saio daqui.
O presidente (da mesa):
-- E se eu fizer uma declaração?
-- Fechado.
E assim foi. O Putz saiu sob olhares desconfiados, com um comprovante manuscrito.
Pra fechar, 83% da putzcolinha deu em nada. Tivesse não votado iria perder pouco.