outubro 01, 2010

Profissão de fé

Salvaro-e-o-homem-de-palavra

É mais ou menos assim: No começo, o Nilso apoiava o Pinho Moreira. Ele achou que o Moreira era meio fraco e começou a se engraçar com a Ideli (esperando pelo efeito alambique Lula, que não veio – veio, mas em forma de extirpação e o tipo pegou no pé). Então, pra fazer um grau com o Salvaro, ele jurou amor eterno pra Ângela, participando de carreata e tudo. Ontem ele fechou o círculo: é Raimundo Colombo.

Hoje, o Putz colheu essa declaração do Salvaro (acima) no jornal e… Que porra raios de frase, meu!? O que será que o prefeito quis dizer? Senso de humor? Espirituoso ele não é. Ou é? Mas espetou legal o vira-casaca cocalense.

Não é nada disso. O prefeito não está fazendo piada nem está querendo espetar nada. A frase, quando analisada ao desabrigo de preconceitos subjacentes contra a a achincalhada classe política, revela a defesa inconteste de um político (no caso o Salvaro) ao seu irmão de profissão e de cargo (no caso o Nilso, que é prefeito lá). O preconceito tende a se manifestar sempre que um determinado modelo instalado no subconsciente popular se vê confrontado por incongruências ou excessos. O caso do Nerso Nilso produziu isso. Não é porque uma pessoa muda de opinião uma vez, nem duas, nem três, que ele deixa de ser um homem de palavra e bem conceituado. Ainda bem, povo de pouca fé, que temos um prefeito em torno, supercrente em idoneidade e palavra, para nos fazer ver isso. 

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