Pizza à câmarezza

PutzGraça foi à Câmara ontem pra ver o debate sobre a questã das faltas contumazes de vereadores às sessões.

E não é que não teve debate? Pelo menos não para o público intrometido que pensa que sabe não sabe direito como são as coisas. O debate foi na sala do presidente Edinho.

Seu Putz tem que reconhecer a esperteza inteligência de nossos representantes. Genial a jogada de levar para os bastidores uma discussão tão polêmica. São questões internas que devem ser discutidas internamente. De mais a mais, o povo nunca entende os vereadores. Vota neles, elege eles… e depois fica cobrando. Parece que não acredita em quem votou. Por favor! Então não vota. Voltando à Câmara, foi boa idéia debater escondido. Se o debate fosse aberto provavelmente algum “povo” mais azedo iria levantar que o Hulk não vai nas sessões pra jogar bocha, o que não tem nada a ver. Obviamente, o “povo” é despreparado para entender que o Hulk representa a Câmara nesses eventos. Todo vereador representa a Câmara sempre. As sessões são meras caixas de ressonância (como dizia Parreira)

Mas, hoje de manhã, via entrevista do presidente Edinho nas rádias, ficamos sabendo que está tudo resolvido. A culpa é do regimento interno. Mais uma vez temos que nos abrir para uma saída tão inteligente. São muito bons os caras. Que coisa maravilhosa. É só mudar o regimento. O maldito regimento que exige que os fujões vossas excelências assinem um maldito livro ponto. Assim, foi decidido ontem que a Câmara vai centrar todos os esforços na adequação do regimento à mobilidade dos edis.

E PutzGraça, via sua assessoria política (treinada por Sarney), está pensando em ajudar. Temos idéias legais pra ajudar. Já estamos providenciando um portfólio de sugestões que vai tirar o foco do “povo” para essas faltinhas insignificantes. Pra começar, antes de tudo, ver a possibilidade de abolir o regimento. Abolir mesmo, acabar, fim, zero, lata de lixo. 80% de todo diz-que-diz-que iriam pro lixo embora com ele. Se não tivesse regimento, essa denúncia atual nem teria existido.

Em não sendo possível (a abolição)…

• Criar um livro-ponto pra cada vereador. Ele leva pra casa. Onde ele for, seja em jogo de bocha, festa, férias na Colômbia, visita à sogra, inauguração de obra onde não foi convidado, leva o livro embaixo do braço, assina e ninguém enche o saco;
• Alternativamente, criar a figura do vereador rotativo. Sempre que um falta o rotativo estaria de plantão na Câmara e a falta ficaria descaracterizada;
• Instituir um bônus extra para cada falta. Grana mesmo. Tem gente que quer que desconte as faltas do salário, Seu Putz sugere o contrário. Essa idéia é muito massa. Seria uma ferramenta muito útil para desestimular denúncias e sem denúncia não há desgaste da instituição. E tem uma, esse bônus compensaria o vereador pelos danos morais inevitáveis sempre que ele se vê envolvido nessas broncas.