Escancara total: é a favor de canaletas. Totalmente a favor. Pra falar a verdade, é nossa opção sexual viária. Canaleta é melhor que rua e, se fosse pelo Putz, canaletava Criciúma de cima a baixo. Até a Centenário Seu Putz transformaria num canaletão duplo, quiçá triplo.
Falamos isso pra defender os projetos de canaletas no São Bento (essa já foi) e na Praça Nereu. Cada vez que se fala neles – nos projetos, vozes enfurecidas se levantam todo mundo cai de pau. O argumento de quem é contra é o surrado e politicamente discutível “o ser humano deve ter prioridade sobre o carro”. Carro aí parece um robô alienígena movido virtualmente, que está aos poucos roubando arrudamente impunemente o espaço dos humanos. Na verdade o que seu Putz quer dizer é que todo carro, salvo melhor juízo, tem gente dentro com direitos iguais de locomoção. Inclusive nosotros, putzdesgraçados, às vezes transitamos de carro no labirinto central mas na maioria das vezes somos pedestres.
E é nessa condição de pedestres que bradamos: não se pode fechar os olhos para o volume crescente de automóveis e achar que fechando ruas se está promovendo qualidade de vida da cidade. Não se pode fechar os olhos para o fato de, nessa progressão e num prazo não muito longo, nosso destino é o caos. Para motoristas e pedestres. A qualidade de vida nas cidades tem que que ser trabalhada com um olhar no trânsito.
Querem contestar? Comecem pelo sistema municipal de transportes, absurdamente incompatível com a idéia de segurança pretendida ao pedestre do centro, na medida em que seu projeto prevê que todo passageiro, seja ele idoso, gestante, criança ou portador de deficiência, é despejado no canteiro central de um via rápida (Av. Centenário) e tem que atravessá-la compulsoriamente em pontos nem sempre protegidos por semáforos. Protestem junto à indústria automobilística, que injeta 3 milhões de carros por ano nas ruas mas não participa com soluções contra o caos que se avizinha. Protestem contra o uso de GNV em Captivas, contra o preço da bolinha de ping-pong mas, por favor, deixem as canaletas.
Canaletas já!!!
Taí!!! Não tinha pensado dessa forma mais sabes que tem sentido!!
ResponderExcluirÉ para se levar ao debate na cãmara de vereadores e também no "entorno"!!
Geraldo
antes tarde do que nunca o povo criciumense começa a enxergar que algumas atitudes são boas e necessárias!
ResponderExcluiroooo,mas tu tava inspirado hein?
ResponderExcluirÉ isso aí mesmo.
Sou totalmente contra!
ResponderExcluirAbrindo mais ruas nesse centro que já é apertado para os pedestres, a cidade tá incentivando cada vez mais o uso do carro e, fazendo isso, tá condenando a mobilidade urbana a um caos em médio prazo. Talvez, por enquanto, essas canaletas novas pareçam um alívio, mas e daqui a 5, 10 anos?
O calçadão de Criciúma é como um marco histórico da cidade, um patrimônio público que se tornou um espaço de convivência coletiva de sucesso. As pessoas tinham é que defende-lo.
A tendência nas cidades de primeiro mundo é incentivar o uso de transportes alternativos, como a bicicleta, e o transporte coletivo, como o ônibus e os VLT’s (uma espécie de bonde). Por que aqui se faz exatamente o contrário? Criciúma tem que se inspirar é em políticas que estão dando certo mundo a fora. Isso é planejamento. É pensar longe.
Que abram ciclovias no centro, bicicletários (inclusive com bicicletas pra alugar), entre tantas outras coisas...
É isso aê! Cansei.
P.S.: Aproveitando... Seria legal um post sobre os caminhões do Salvaro trafegando na Anita Garibaldi. Pqp... é um absurdo! O cara virou prefeito p liberar tudo no centro e incomodar todo mundo.
A caneleta na frente do São Bento teve resultado positivo mas claro que é necessário bom senso. Existe um meio termo nessa briga pedestres x carros. Agora, passei ali a pé estes dias e fiquei observando a qualidade do serviço executado ... bem ruinzinho, hein ? Sequer consertaram o petit-pavet e o meio fio todo detonado ...
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