maio 01, 2009

Crianças e adultos - o mesmo problema



"Uma criança sem limites é uma criança problemática na medida em que ela não tem presente o que pode ou o que não pode fazer." Luiz Carlos Prates, xingando pais que não definem limites para os filhos.
Nosso editor para assuntos de família, ex-bancário, psicólogo prático (sem terceiro grau - temos dúvidas a respeito da conclusão do segundo), praticante de análises por observação empírica, aprofunda o tema. Ele diz que a falta de limite traz problemas semelhantes para todo adulto trabalhador e bancarizado. A diferença aí é que a existência ou não de limites na infância tem relevância subjetiva, retórica e macrobiótica. Se ele não tiver limites quando adulto, viverá sufocado com a mesma velha síndrome do não saber o que pode ou não fazer, citada por Prates.
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A análise
Hoje em dia o problema mais grave de falta de limites está no cartão. De crédito. O advento e a popularização do dinheiro de plástico provocou uma dependência doentia pelo maldito (desculpem) retângulo. Limite de cartão é uma carência comportamental herdada do limite do cheque especial. Assim, antes reclamava-se mais limites para cheque-especial, hoje mais para cartão. A definição desse limite, sempre segundo nosso editor psicobancário, e aí já fazendo referência direta à teoria pratense, vai influenciar drasticamente o comportamento social da criança agora adulta. Um deslimitado humilha-se implorando de banco em banco um aumento básico que lhe incremente a performance consumista.
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Poder decisório dos se achões
Deve ser por isso que todo gerente de banco acha que é pai da gente (quando lhes pedimos o tal aumento) e arrotam aquela boçalidade própria de papitos pseudo donos da verdade. Se achar está no DNA deles. Nosso editor conclui que vem daí, dessa ligação edipiana por cheques e cartões, e seus limites consanguíneos, figuras eminentemente retangulares, nossa mania nacional por sentir atração por tudo que tenha apelo geométrico, tipo Skol (a que desce redondo), o quadrado mágico da seleção, igrejas triangulares e afins, e mulheres de todo tipo. Parece que nada a ver e a nosso ver não tem mesmo. Coisas de psicólogo prático, dono de uma cretinice ilimitada, que acha que não temos coisa melhor pra fazer que ler uma coisa dessas.

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Um comentário:

  1. Um gerente do Bradesco uma vez me disse "por que tu não cresce". Só porque estourei o limite. Aquele filho da mãe.

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