A interpretatriz

 

Deu no Ney Lopes que deu no Circulando – que é a mesma coisa: “Tem dois políticos criciumenses, um da linha de frente e outro dos bastidores, comprando tudo que tem pela frente e que tenha sinônimo de luxo, exclusividade e riqueza. Os valores milionários de suas aquisições já superam e muito seus ganhos originais e declarados oficialmente de serviços prestados na vida pública.”

Parece a RBS, “este político”, “essa empresa”… A parte má dessas notinhas de coluna é que a notícia sempre vem pela metade. Tem predicado, mas não tem sujeito. Requer interpretação. É aí que nós entramos. Se há uma coisa que a gente não é bom é em interpretação – os Ronaldos (Fenômeno e Gaúcho) são, mas nós não –, porém, buscamos no mercado especialista na área e, surpresa, encontramos aqui do ladinho: a Mócra (estagiária).

E não é que a filha-da-puta é boa nisso também? No teste de aptidão, passamos a nota do Circulando para ela interpretar. Veio assim o relatório:

Políticos criciumenses – compõem-se de eleitos e não eleitos;

Linha de frete – eleitos;

Bastidores – não eleitos;

Eleitos – Boeira, Ronaldo Benedet, Dóia, Comin e Altair Guidi;

Não eleitos – Acélio, Romanna, Tati, Décio, Serafim e mais uma enfiada baixo cleral.

Do relatório: Não há indícios de enriquecimento nesse pessoal. Nenhum tem jatinho, um jet-ski aqui outro lá, enfim, gente pobre da melhor qualidade, políticos para nos encher de orgulho. Concluo que a nota é perniciosa e desprovida de crédito. Era o que eu tinha a declarar.

Putz pê-ésse: tem gente aqui que não gostou. Há suspeita de que a Mócra é corrupta (foi vista de mão pegada com um assessor em Punta Del Este).