outubro 25, 2012

Transferência indevida

Afilhado

Se há alguma coisa que se pode confiar em época de eleição (e depois dela) é na imprensa. Bota coisinha confiável nisso.

E a imprensa do Brasil inteiro, por conseguinte (quer dizer por extensão) a nossa, descobriu e aplica uma fórmula que dá pra saber quando a influência/interferência de um político mais mutreteiro graduado e famoso é decisiva  no desempenho de um candidato afilhado.

Por exemplo: Haddad foi para o 2º turno em Sampa por causa de Lula e Dilma; Em BH, foi ajuda de Aécio que decidiu a vitória de Márcio Lacerda.

A fórmula é muito simples: se o afilhado ganha foi porque o padrinho ajudou, se perde o motivo foi outro.

O pior de tudo é que tem gente que acredita nisso. Outro dia, lemos num jornal daqui que o Pinho Moreira é o grande vitorioso nas eleições de SC porque ajudou a eleger o o prefeito de Lages e o candidato de Floripa foi para o segundo turno.

É exatamente aí, na questão do Moreira, que a fórmula chamou nossa atenção. Começamos a achar que a fórmula é oportunista, simplista e conveniente. Mas é estranha. É difícil de acreditar que…

Quer saber? Não há um mínimo resquício de possibilidade de que isso seja verdade. Em Lages o cara ganhou porque era melhor. Ganharia com ou sem Moreira. Em Floripa, o Loureiro passou não por causa do Moreira, mas porque o outro era pior, se não tivesse o Moreira talvez a diferença fosse maior.

É óbvio que o putznauta já sabe onde vamos dar sustentação a nossa tese. Vamos pegar Criciúma. Aqui… não, nem vamos falar…

Um comentário:

  1. isso ai vai ser que nem filho de mulher de zona... todo mundo acha bonitinho, mas ninguém assume! Um padrinho então... falta saber se é de batismo, crisma, casamento? ou seria padrinho da sessão de descarrego? Despacho? Macumba?

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