Por que Criciúma não melhora II

Sobre o post “Odeio Gramado”, abaixo, o também injuriado Messias Fernandes deixou o seguinte comentário:

Isso se chama Turismo meus caros. O Putz foi muito feliz na publicação deste post. Aliás o Putz é feliz em todos posts sobre a city, penso da mesma forma sempre.

Fui a Gramado final de novembro (Feira Internacional de Turismo de Gramado). O que era aquilo? Paraíso. É tudo que o Putz falou e muito mais. Eu e meu companheiro tivemos alguns momentos de lazer (só trabalhar entregando material em feira não dá né) andamos pelas ruas com esse mesmo olhar crítico do Putz. Tem música ambiente na rua, cara!!! Em cada poste tem um vaso de flor e embaixo do vaso fica o auto falante, discreto, a maioria nem percebe e ficam olhando pro alto com cara de asno procurando de onde vem a música. Comentei com meu amigo: “Ricardo, aqui em Gramado até os vasos de flores cantam." VSF. O Ricardo (hoje 54 anos) é de São Leopoldo, ele ia a Gramado quando jovem. Ele me disse: "Messias, eu venho aqui nessa naba, quando isso aqui era um vilarejo, não tinha bosta nenhuma, só umas casas e uns botecos, eu tomava umas ali ó", e me apontava o local, hoje uma loja comercial.

Isso tudo é turismo meus caros. Gramado não tinha atrativo natural forte, não tem. Quem tem é Canela. Mas porque não ter outros atrativos???
Aí vem o tal lado europeu, ou melhor alemão de se fazer as coisas. Porque descendentes europeus tem aqui também (como o Putz já disse), mas em sua maioria italianos, aí a conversa já é outra,  o kharma é outro. Em criciúma é bom, é legal, é o CARA quem consegue ou quem sempre está passando a perna em alguém. Isso não é bobagem. O Criciúma (Tigre) não vai bem, não é porque não se acham jogadores, ou sei lá por qual motivo... O Criciúma (Tigre) não vai bem por problema cultural. Falo isso e provo a todos que me indagam. Era pra ser um baita time,  fico puto com isso...

Já falei uma vez e volto a dizer, mandei um artigo benéfico, pra frente, positivo, para todos os “grandes” jornais de Criciúma, onde falava de minha participação em uma outra feira, desta vez em Blumenau. Não o publicaram.
Estavam todos lá, divulgando seus atrativos (Joinville, Lages, a própria Blumenau e por aí vai). Eu estava divulgando o shopping pórtico (pode acreditar o pórtico é mais conhecido no RS do que em Criciúma) - ele entra dento do setor de Turismo de Compras. Enfim, estava eu lá bem belo e uma senhora guia de turismo de MG, perguntou o que tinha na minha cidade (...????). Claro que, como um bom turismólogo, elevei certos aspectos, afinal tenho que vender meu peixe, dei um parâmetro sobre a região, Urussanga e o Vale da Uva Goethe, Praia Grande e os canyons (até PG está investindo mais no turismo, me orgulho de ser praiagrandense). Enfim eu disse: “ah e temos a Mina Modelo, onde você pode visitar uma mina de verdade, a sei lá quantos metros de profundidade.” A velha quase enfartou: “ah meu marido era mineiro, nunca visitei uma mina, estou com um grupo fechado (1 onibus) para 1 semana pelo litoral catarinense, inclusive (vejam bem aqui) visita ao Morro dos Conventos. Quero visitar essa mina, como faço?” Aí a senhora me dificulta né?

E aí meus caros Putz, o que, que essa mulher faz??? Ela quer visitar a “droga” da mina, ela quer ver a “merda” da mina. As pessoas querem ver isso. E Criciúma não quer, as pessoas (inteligentes) daqui (quando você fala em investir em uma mina dão gargalhadas) não querem.

Agora vou-me que tenho um projeto (já aprovado) para divulgação e promoção dos vinhos e das 7 vinícolas que representam o Vale da Uva Goethe, você já ouviu falar? E lembrem-se sempre meus caros, o turista está por aí a mercê de qualquer atrativo que o belisque e o traga para o nosso lugar, para o seu lugar.

Messias Fernandes- turismólogo