Metamorfose ambulante

Há algo de podre no reino da Câmara. PutzGraça detectou estranhas mutações na engenharia política da Câmara criciumense. Antes era situação e oposição, agora é um emaranhado que revela um traço preocupante: não se sabe quem vai ser o vendido da hora. A gente fala “vendido” no sentido metafórico, claro – político não é mercadoria que se possa comprar.

Começou com João Fabris. Sumiu ridiculamente na hora da sessão, cumprindo assim sua parte no acerto com o prefeito, e depois se apresentou como grande defensor daquilo que ajudou a derrubar. Depois foi o Pastor Jevis. Ele sumiu, não votou e disse que estava com dor de dente (ou dor de cabeça, ou dor de barriga), depois voltou dizendo que estava com dor na consciência e que agora podem confiar nele.

Está configurada a trama. Aí está a tal a mutação apontada pelo Seu Putz, o comprado pecador de hoje posa de santo arrependido amanhã e passa a jurar total comprometimento as causas populares. Vereadores mudam repentinamente de lado e/ou opinião, mas há um revezamento organizado entre eles. Mal comparando, parece aquele time de futebol violento onde todo mundo bate, porém cada um bate uma vez alternadamente, e ninguém leva cartão. Não se pode dizer que nossos edis não são criativos. Fazem artes que, inequivocamente, ajudam a consolidar aquela velha opinião formada que temos sobre políticos.

João Fabris… Pastor Jevis… Estes já bateram. Hoje à noite tem jogo, vamos ver que fará falta.