Não há nada de errado na obra do esgoto/Casan
Algo exala do esgoto de Criciúma, post de ontem, dá a impressão que algo de estranho ocorreu nessa obra tocada pela Casan. O Mariano (vereador de Turvo) e o Adelor Lessa são responsáveis por isso. Fizeram tanto barulho que pegou a gente desprevenido.
Casan é empresa séria
Mas nunca é tarde pra abrir os olhos. A Casan é uma empresa perfeitamente inserida no contexto, com gerenciamento moderno balizado por metas (de distribuição de lucros – esse lance da distribuição de lucros é tão obsceno obscuro que vamos falar sobre ele outro dia) e outros penduricalhos pregados por MBAs que não tem o que fazer. Pois é, essas coisas a gente só analisou depois. Agora a gente tá achando que o Mariano e o Lessa é que viajaram. Eles sonharam que tinha maracutaia no super-hiper-honestíssimo sistema nacional de licitações.
Bobices impalpáveis
Vamos tentar ser didáticos: não existe obra nesse país, estado ou cidade que tenha sido orçada e terminada com o mesmo valor. O valor chutado para ganhar licitação serve exatamente para isso: ganhar licitação. Não tem nada com o valor da obra. Os caras ganham a licitação e no outro dia entram com pedido de reajuste alegando flutuação de mercados, descasamento cambial e outras bobices impalpáveis.
Bilicitação
É um faz de conta descarado, mas que tem solução. É preciso mais transparência e, em nome dela (transparência), e também para acabar com desconfianças pontuais, vamos propor que se adote o consagrado sistema bilicitatorial da Transroubênia, um pequeno mas populoso feudo encravado à base da cadeia dos Montes Vivaldinos: as empresas apresentam duas propostas, uma com o valor da obra e outra com os reajustes que pretendem pedir no dia seguinte (e os que vão juntar até terminar a obra). Ganha a melhor proposta conjugada. Lá, na Transroubênia, as empresas incluem nas propostas quanto por cento vai direcionar à campanha do partido da hora e, também, quanto vai para cada político interveniente. Mas aí já é transparência demais, achamos que não pega aqui.
Alguém já falou que quando o autor precisa explicar o texto ao leitor um dos dois é burro, normalmente é o autor. Assumimos nossa burrice para dizer que o o Putz tem uma veia que busca a ironia, porém, às vezes ela não fica muito clara. Adelor Lessa e Mariano (vereador de Turvo) são pessoas respeitadíssimas. Lessa é referência para o Putz. Então é assim, quando a gente diz (no texto) que "dá a impressão que algo estranho ocorreu" leia-se "é claro que existe treta nisso". O Lessa citou o caso e nós aproveitamos para criticar também. A gente diz que "eles sonharam que a Casan não é séria" leia-se "a Casan é muito suspeita quando vende serviço público sem concorrência, diz que dá lucro no fim do ano e enche as burras dos diretores com a distribuição desse mesmo lucro". Por fim, a gente critica essa palhaçada que é o sistema de licitação vigente onde o valor estabelecido para tocar a obra é um engodo. Isso agora não é ironia. A propósito, "bilicitação" e "Transroubênia" não existem. O Putz inventou. Tomara que ninguém queira usar o modelo deles aqui.
ResponderExcluirSó isso. Como pode alguém não tem entendido???