PutzGraça já postou aqui (Os buracos estão ganhando, em 04.03.2009) sobre a desgraça pós-chuva que arrebenta nossos amortecedores, pneus e nervos. Descobrimos agora porque a operação tapa-buracos não dá certo: o método é ruim. Não só o método (ou jeito), a matéria-prima também é ruim. Ruim não, horrível. Matéria-prima e método, um pior que o outro. Veja porque:
Matéria-prima
O asfalto tapador só não é pior que o "objetus buracandis", aquele que está fora dos buracos, o alfalto mãe, a rua ou avenida. A composição justifica a (má) qualidade: pirita do Bairro Mina Quatro, barro preto da Corda Bamba, entulho moído retirado do rio Criciúma e bocas-de-lobo, doações(não entregues) aos flagelados da desgraça de novembro, também moídas. O composto fica com cara de asfalto, tapa de fato os buracos, mas parece que, em função do último componente, uma maldição conhecida por Erosão Turbo do Morro do Baú estaria fazendo a a gororoba se esvair toda vez que chove.
O método
Já é consenso em Criciúma que o grande vilão da volatilidade da tapação é o método. É um sistema empírico que a Prefeitura importou da Faixa de Gaza. O problema é que lá eles sabem que não adiante tapar nada porque os vizinhos fazem lá com mísseis o mesmo que a chuva faz aqui. Funciona assim: um caminhão da PMC, carregado com asfalto quente (quase fervente), passa pelas ruas onde os buracos abundam. Um ou dois homens vão encima, armados de pás, e mais dois ou três seguem o caminhão a pé, armados de botas com solas duras. O caminhão não pode andar muito devagar senão o asfalto esfria antes de descarregar tudo. Então o pessoal que está encima, dando pulinhos pra não queimar os pés, vai jogando o asfalto a pasadas, torcendo para acertar nos buracos. O índice de acerto é de 10 por cento mas o choque de gestão impôs meta para aumentar a taxa para 15 em quatro anos. O pessoal de baixo, tem que correr atrás do caminhão, sapatear com as botas de saldo duro o asfalto que caiu no buraco e correr de novo para alcançar o caminhão. Dessa atividade resultou uma equipe altamente preparada, com índice de gordura corporal perto de zero.
E assim caminha a humanidade, ou melhor, corre atrás do caminhão, pisoteia e corre de novo.
Matéria-prima
O asfalto tapador só não é pior que o "objetus buracandis", aquele que está fora dos buracos, o alfalto mãe, a rua ou avenida. A composição justifica a (má) qualidade: pirita do Bairro Mina Quatro, barro preto da Corda Bamba, entulho moído retirado do rio Criciúma e bocas-de-lobo, doações(não entregues) aos flagelados da desgraça de novembro, também moídas. O composto fica com cara de asfalto, tapa de fato os buracos, mas parece que, em função do último componente, uma maldição conhecida por Erosão Turbo do Morro do Baú estaria fazendo a a gororoba se esvair toda vez que chove.
O método
Já é consenso em Criciúma que o grande vilão da volatilidade da tapação é o método. É um sistema empírico que a Prefeitura importou da Faixa de Gaza. O problema é que lá eles sabem que não adiante tapar nada porque os vizinhos fazem lá com mísseis o mesmo que a chuva faz aqui. Funciona assim: um caminhão da PMC, carregado com asfalto quente (quase fervente), passa pelas ruas onde os buracos abundam. Um ou dois homens vão encima, armados de pás, e mais dois ou três seguem o caminhão a pé, armados de botas com solas duras. O caminhão não pode andar muito devagar senão o asfalto esfria antes de descarregar tudo. Então o pessoal que está encima, dando pulinhos pra não queimar os pés, vai jogando o asfalto a pasadas, torcendo para acertar nos buracos. O índice de acerto é de 10 por cento mas o choque de gestão impôs meta para aumentar a taxa para 15 em quatro anos. O pessoal de baixo, tem que correr atrás do caminhão, sapatear com as botas de saldo duro o asfalto que caiu no buraco e correr de novo para alcançar o caminhão. Dessa atividade resultou uma equipe altamente preparada, com índice de gordura corporal perto de zero.
E assim caminha a humanidade, ou melhor, corre atrás do caminhão, pisoteia e corre de novo.
Podemos aproveitar esta equipe para participar da São Silvestre e outras corridas do gênero.
ResponderExcluirAssim, mesmo que a operação tapa-buracos não atenda às metas previstas no choque, ainda podemos sair no lucro divulgando nossa bela e esburacada cidade.
Ainda bem que o Antonelli deixou um monte de dinheiro em caixa. Assim o nosso prefeito eletrocutador vai poder comprar asfalto bom e investir em tecnologia para restaurar o queijo suiço por onde a gente anda.
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