A Globo é campeã em criar moda. Está a caminho, agora, a moda Índia. Esquece isso, PutzGraça quer lembrar uma mania que eles têm nos telejornais nacionais, que a RBS imita aqui, a Record imita, o Canal 20 imita, o CFTV (circuito fechado de TV) do Shopping imita, todo mundo imita. Uma forçação de barra que fica meio escrota porque não é espontânea. É tão convincente quanto a boa forma do Fenômeno, ou a idoneidade do Congresso.
Direto de lá, fala ao vivo...
Começou assim: alguém entrava ao vivo, fazia a reportagem e o ancora (o Willian Bonner da hora- Douglas Nazário, da RBS, faz o mesmo) encerrava a participação do repórter dizendo "obrigado". Em algum momento, isso deve ter dado um ibope melhorzinho. Alguns desocupados entraram no site G1 e comentaram: "que lindo", "isso que é companheiro de trabalho", "que cara meigo", "a Globo não é só imagem, é amizade", e assim vai. Aí a coisa evoluiu. Eles passaram a botar mais calor humano nessas finalizações. Em vez de "obrigado", eles diversificaram com "obrigado e bom trabalho", "muito obrigado, tenha um bom dia", "muitíssimo obrigado, e um fim de semana daqueles", "Deus te dê em dobro, durma bem", etc. Fazem sempre isso, às vezes duas ou três vezes no mesmo jornal.
A evolução da babação
Agora ele agregaram um outro penduricalho que beira o hilário. A repórter entra ao vivo, o entrevistado ao seu lado, e a repórter (no caso da RBS, a Caroline Bortot ou a Eliane Gonçalves) antes de começar as perguntas diz mecanicamente pro cara: "Muito obrigado por sua participação no Jornal do Almoço." Dá pra ver que é decorado. O entrevistado, suando de nervoso, nem escuta. Ele está esperando a primeira pergunta combinada.
A vida imita a arte
Pois é, tá tudo combinado. O teatrinho é só pra passar paixão no ar. Daria para agradecer antes, ou depois de ir ao ar? Claro que sim, mas aí não teria graça. O que se sabe é que a moda pegou. Olha o que anda por aí:
Direto de lá, fala ao vivo...
Começou assim: alguém entrava ao vivo, fazia a reportagem e o ancora (o Willian Bonner da hora- Douglas Nazário, da RBS, faz o mesmo) encerrava a participação do repórter dizendo "obrigado". Em algum momento, isso deve ter dado um ibope melhorzinho. Alguns desocupados entraram no site G1 e comentaram: "que lindo", "isso que é companheiro de trabalho", "que cara meigo", "a Globo não é só imagem, é amizade", e assim vai. Aí a coisa evoluiu. Eles passaram a botar mais calor humano nessas finalizações. Em vez de "obrigado", eles diversificaram com "obrigado e bom trabalho", "muito obrigado, tenha um bom dia", "muitíssimo obrigado, e um fim de semana daqueles", "Deus te dê em dobro, durma bem", etc. Fazem sempre isso, às vezes duas ou três vezes no mesmo jornal.
A evolução da babação
Agora ele agregaram um outro penduricalho que beira o hilário. A repórter entra ao vivo, o entrevistado ao seu lado, e a repórter (no caso da RBS, a Caroline Bortot ou a Eliane Gonçalves) antes de começar as perguntas diz mecanicamente pro cara: "Muito obrigado por sua participação no Jornal do Almoço." Dá pra ver que é decorado. O entrevistado, suando de nervoso, nem escuta. Ele está esperando a primeira pergunta combinada.
A vida imita a arte
Pois é, tá tudo combinado. O teatrinho é só pra passar paixão no ar. Daria para agradecer antes, ou depois de ir ao ar? Claro que sim, mas aí não teria graça. O que se sabe é que a moda pegou. Olha o que anda por aí:
- No serviço: "Bom dia!", resposta: "Muito obrigado por me cumprimentar";
- No banco, o caixa: "A gente agradece sua participação na fila sem ameaçar de Procon";
- No bar, cliente ao garçom: "A gente agradece muito sua colaboração em ter trazido a conta";
- No supermercado: "Muito obrigado por sua participação na cobrança das compras passando o cartão".
Eu acho o máximo ver as entrevistas ao vivo, porque os entrevistadores não entendem patavinas do assunto (nem podem, eles são ledores de teleprompter) e tem de fazer perguntas com cara de quem está atualizado. Aí, do nada, um repórter dispara, enquanto olha nervosamente para o relógio e para o câmara: Sei...sei...hã...onde....onde é que o senhor vai apresentar seu último trabalho...quer dizer...o senhor acha necessário apresentar seu trabalho....eu pergunto porque sei lá...alguém entende o seu trabalho...ou...sei lá...alguém se interessa por isso???
ResponderExcluirSim, existem momentos das entrevistas ao vivo, que o que era sério, acaba se tornando piada. Mas, acredito que isso se deve ao fato da adrenalina! Na hora, você nem sabe mais o que fazer. Mas, para isso, estes profissionais devem estar preparados para não pagarem "micos" diante aos milhões de telespectadores que os veem. Assim como não são todos que têm talento para escrever, nem todos têm o talento para falar, ou aparecer na tela. Mas, vai saber, não é mesmo? Gostei do post, e sempre que quiserem aparecer em nosso blog, sintam-se a vontade. Ah, sim, como estava sendo mau-educada: "Muito obrigada e um bom fim de semana!" (rs).
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