março 04, 2009

Os buracos estão ganhando

.
Não tem jeito, asfalto em Criciúma só aguenta até a próxima chuva.
Os remendos (famosas operações tapa buracos) são de uma eficiência
medíocre, pra não dizer ridícula. Por que? PutzGraça fez análise rigoro-
sa do problema, usamos Brainstorm, Gráfico de Pareto e, nas últimas,
aplicamos um Diagrama de Causa e Efeito na veia e, pasmem, chegamos
a uma conclusão assustadora: alguma coisa está errada. É. Tem que estar
errada. Só a prefeitura não vê. Não pode ser assim. Asfalto é a evolução
dos tempos, a modernidade, o segundo grau do calçamento, a pós-gradu-
ação do areão, o mestrado das estradas de terra. Como é que pode durar
só uma chuvarada? O próprio calçamento aguenta mais. De quem é a cul-
pa? Em última análise, do prefeito. Em primeira (análise), dos técnicos
que insistem em aplicar uma técnica duvidosa que prima por jogar dinhei-
ro fora. Cada operação pós-chuva come uma grana sempre alardeada pelo
executivo. Pois bem, se eles, os técnicos, erram e insistem no erro, cabe
aos líderes observar isso. O prefeito tem que tomar frente o ver o que está
errado na sua administração e apelar de pronto para medidas corretivas.
Então tá. A culpa é do Salvaro. Atenuantes? Duas. Chegou agora é uma, os
outros todos cometeram o mesmo erro é outra. E só. O Salvaro tem que
mudar alguma coisa no processo (ou as pessoas que o conduzem). Asfalto
é feito para durar. Tem um estudo publicado no Jornal da USP, em 2001,
referindodo-se ao mesmo problema, verificado na cidade de São Paulo, que
põe o dedo na ferida. Alguns tópicos:

- Quando os buracos se abrem em vias públicas a partir da água significa
que o asfalto já estava com problemas, eles não se abrem da noite para o dia;

- A mobilização do poder público no sentido de empreender operações “tapa
buracos” é comum, mas esconde o principal: são ações emergenciais que indi-
cam falta de conservação por longo período. Ou seja, em qualquer tempo, de
nada adianta pavimentar sem cuidar e manter;

- Normalmente, o material utilizado preenche o buraco, sem acabamento, tor-
nando o espaço vulnerável a deslizes e rupturas. O certo seria cortar as bordas,
delineando figura geométrica regular e, depois, preencher com material bom
em temperatura certa, aumentando assim a durabilidade;

- Um equívoco que os técnicos da prefeitura não desconhecem é o uso inade-
quado de asfalto - cada local exige produto apropriado;

- O técnico precisa saber como tratar o problema. Se o pavimento está fixado
em base ruim, dará problemas sempre;

- E custará mais caro: estoura, trinca, reveste-se e terá de ser reforçado todo
o tempo, para que sua vida seja prolongada.

Aí está. PutzGraça fez sua parte. Cabe ao prefeito agora dar um choque de ges-
tão no problema. Se não fizer, estara no noticiário oficial, após a próxima chuva,
que "a prefeitura gastou o que não podia pra tapar os buracos da cidade..."

Nenhum comentário:

Postar um comentário