março 29, 2009

A praça da burocracia

Nunca na história dessa cidade alguém tentou tanto vender uma coisa em vão. A venda da praça Cincinato Naspolini tem um erro básico em seu processo. A venda em si, aquela não dá certo nunca. O MP criou e cria tanto caso, tanto empecilho, que "Márcio e Eu" já pensa desistir.
Nosso consultor para assuntos político-administrativos, Dr. Renanputz Sarneynto, direto de Brasília via Orkut, definiu exatamente o porquê dessa enrolação. Disse ele: "Esse é mais um daqueles velhos e famosos casos de troca do certo pelo errado. Explico. Existem dois fatores conflitantes na condução do imbróglio. O primeiro mostra um certo paradoxo quando se sabe que 'Eu' não é exatamente um novato no trato da coisa pública. Tem até processo de cassação nas costas. Santo não é. O segundo, aí vem o paradoxo mais paradoxal ainda e que tem a ver com o primeiro, é que 'Eu', mesmo tarimbado no trato da coisa pública, fez tudo errado desde o começo. Aliás, fez tudo certo demais e esse foi o erro, se é que me entendem. Pediu autorização prévia para a Câmara, foi autorizado, conversou antes com o próprio MP, enfim, tudo certinho. Tivesse ele vendido de cara, pura e simplesmente, já teria botado a mão na grana, aplicado onde ele supostamente disse que aplicaria, sabem o que iria acontecer? Nada. O MP iria processá-lo, a UABC também, o TCU, ACIC, SPC, SBT, FGV e o TRE também, e, pelo tamanho do rolo, a justiça iria levar entre 30 e 50 anos para julgar, com grandes possibilidades de estar tudo esquecido em dois anos. "
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