Eleição é pura hipocrisia. Veja o lance do Caixa 2, por exemplo. Caixa 2 é uma instituição sagrada dos pleitos. O Lula já disse que todo mundo usa. Se o Lula sabe, imagina o resto. E mesmo assim a turma faz de conta que não existe ou não pode.
Mas não é isso que o Putz vai defender aqui, e sim a legalização da compra (e venda) de votos. Deu no João Paulo Messer que “muita gente recebeu e não votou (…) R$ 20,00 por voto tá muito caro”. É um problema recorrente, todo eleição é a mesma coisa. Compra/venda de votos é outra instituição nacional e urge que se organize o sistema. A frase do Messer “muita gente recebeu e não votou” traz coisa embutida. Ela é uma reclamação e, se é reclamação, é de quem pagou. Isso mesmo. Em tese, do político. Por isso é preciso organizar. O político candidato é a peça mais desprotegida nessa cadeia cliente/fornecedor. Não tem garantia nenhuma e nem pra quem reclamar. Paga e não tem como cobrar. Botar o eleitor relapso no SPC? Não tem como. Já era difícil e tá ficando pior, agora mesmo proibiram o celular na cabine. Era a única chance de monitorar a entrega do produto e… proibidaço. Tá complicado.
Desipocritizar e descriminalizar, essa a nossa bandeira. Uns querem descriminalizar a maconha para acabar com o tráfico. A ideia é a mesma (nada a favor da miconha). Libera geral, aplica o CDC (Código de Defesa do Consumidor) organiza e sistematiza. Ah! E tem uma, o eleitor também pode sair ganhando com eventual legalização. Hoje ele se sente constrangido com a clima de contravenção que envolve uma eleição. Ele não pode negociar livremente seu produto. Ele se sente um criminoso, as coisas têm que ser feitas as escondidas. Humilhante. Se liberasse dava pra botar plaquinhas nas casas, tipo, R$ 19,99, pague um leve dois (ou pague 5 e leve o 6º grátis), compre aqui com garantia até o 2º turno, organizar liquidação, etc.
Não é à toa que se chama crime organizado. Ou "vamos organizar esta porra"...
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