Plano Diretor: o que estamos deixando para nossos filhos

A gente vai dar aqui uma pequena mostra de como o que está ruim pode piorar. Vamos tentar ser didáticos.

Vamos lá. Criciúma em certas horas do dia está travando. Falamos do trânsito. Das quatro da tarde em diante, andar de carro já é exercício de paciência. Nosso exemplo vai para a rua Felipe Schmidt (aquela que vai do Angeloninho até na Kawasaki). Lá, em pouco tempo estarão prontas mais três pequenas unidades (fotos acima), uma do lado da outra, graciosamente contempladas pelo oba-oba do nosso Plano Diretor torto pela genial diretriz progressista de nosso PD (aquela que diz: prédio, quanto mais alto melhor).

A rua vai crescer assim:

• 03 três prédios com 14 andares cada
• 06 apartamentos por andar
• 84 apês por prédio
• total =  252 apês

Terrível? Espera um pouco. Vamos dizer que cada apê tenha dois carros. Teremos 502 unidades motorizadas que tentarão se mexer, de manhã saindo e de tarde chegando, numa única rua que hoje já é tragicamente emperrada nesses horários.

Resumo da ópera: se nada mudar, a Criciúma que estamos deixando para nossos filhos será caótica.

Se você é daqueles que pensam que discutir Plano Diretor é coisa de pobre, que o progresso não pode parar, das duas uma, ou você não tem carro ou não tem filho.

Ou tem uma construtora.

Putz pê-ésse: a Felipe Schmidt ainda tem outros terrenos baldios e casas que certamente estão na mira do nosso progresso.