novembro 05, 2010

Mortandade anunciada

Abatedouro-01

Tanato-galináceo

Olhem bem o letreiro identificador da empresa acima e digam, na boa, para que grafar “abatedouro” nesse letreiro? Qual a necessidade disso? Será que alguém por acaso poderia pensar que asinha, coxinha, filé de peito, pé, moela, coração ou sambiquira são produzido ali sem matar as penosas? Há algo de mórbido no aviso. Sim, estão nos avisando que ali, no interior daquelas paredes, há um matadouro. Seu Putz, ao passar e ver a edificação protegida pela cerca de arame farpado, foi atingido por um pensamento mengélico: estava diante de um Auschwitz de galinhas.

Dois modelos de sacrifício

À sádica avícola, só falta um sub letreiro funesto que clareie mais ainda o que se faz lá dentro, assim tipo: “Matamos por choque-elétrico mas temos também o modo decapitação. No choque, a ave fica um tempo sem beber e depois é conduzida para um recipiente com água límpida e cristalina… a 3.000 volts (Pelamor! Se isso não é tortura animal, não sabemos o que é). No modo decapitação a galinha não sabe que vai morrer, perde a cabeça e pronto, vira comida*.”

Nestes tempos de crueldade contra os irracionais, o tal letreiro dá até palpitação. Eis aqui nosso protesto. Chega de abatimento (no letreiro).  

(*) Favor evitar associação sexo-comportamental no que se refere a “galinha perde a cabeça e pronto, vira comida.”

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