Vocação para o malfeito

Feiura também é cultura

Há uma grande incidência de gambiarras na região. Proliferam-se mais que motoboys - lactobacilos vivos. A gente não gosta de exagerar, ou mesmo generalizar, mas tudo que tem o dedo do Poder Público é mal feito. Falamos, a princípio, de obras (construções, reformas, etc.). Criciúma* como cidade pólo é líder nesse ranking, mas Içara (aquele pórtico…!!!), Forquilhinha, Cocal, Siderópolis, etc., seguem a líder de perto. Há uma excessão regional: Nova Veneza. Cada vez que passamos por lá achamos que algo está errado, parece que estamos noutro lugar. “Putz, saímos de Criciúma agora, como é que pode já estarmos nessa beleza?” Tem nuances de Gramado, Treze Tílias, Blumenau, Piratuba, Pomerode e outras. Tem só detalhes, mas já é algo.

O porquê

Agora vem o aspecto filosófico e transcendental da questã. Somos o que somos porque queremos ou gostaríamos de ser Pomerode, Piratuba, Blumenau, Treze Tílias e Gramado, mas nossa incompetência, nossa formação cultural pobre e subdesenvolvida (nos referimos aos políticos) não nos deixa ser mais que uma São Joaquim?    

Enquanto as respostas não nos vêm, veja um exemplo recente e emblemático do que estamos querendo dizer.

Exemplo

Siderópolis patrocinou um evento político, cheio de pompa e circunstância, para inaugurar a ligação asfáltica centro/Rio Jordão. Isso foi agora, em novembro/2009. Armaram até um palanque para que o Walmor de Lucca pudesse fazer campanha para a sua Ada. Até aí tudo bem. Quem façam. Mas que nos leguem coisas que não nos deixem envergonhados quando somos forçados a mostrar aos parentes e amigos que nos visitam. Mas não, eles fazem isso aí que você vê nas fotos abaixo:

 

Projeto de futuro

Está claro? PutzGraça se propõe assim, ao desafio inabalável e hemorrágico de mudar o mundo começando por aqui. Queremos as coisas bem feitas. Estamos lançando uma campanha, direcionadas aos prefeitos da região (menos ao Salvaro porque não adianta – ele não ouve nada nem ninguém) que tem como premissa básica:

Prefeitos de nossa região, não basta fazer sem roubar, tem que fazer bem-feito.

(*) Em Criciúma há inúmeros exemplos: A obra do canal auxiliar do Parque Centenário – terminaram a obra e o acabamento é muito porco; A Praça Nereu Ramos foi revirada e a pavimentação anterior foi reimplantada a facão; toda a camada asfáltica da cidade, após a implantação da rede de esgoto é cheia de desnível e denota desprezo inequívoco pela coisa duradoura e bem-feita.