Argentinos suspeitam que no suicídio do promotor tem treta. Tudo porque laudo diz que não tinha marca de pólvora na mão do próprio. Há clima de polêmica e tão querendo que a Cristina, que é uma santa, seja investigada mais de perto.
Não há motivos para estranheza. Suicídios estranhos são comuns. Na Alemanha, uma terrorista do Baader-Meinhof matou-se na cadeia com quatro facadas no peito e no pescoço; em Araranguá, o ex-prefeito Salmi Paladini se matou com dois tiros de 12, um deles nas costas.
E o que dizer dos casos de estrangulação que vem com laudo de auto-enforcamento mesmo sem existência de corda anexa? E daí se não tem corda? O que vale é a intenção. Intenção é coisa muito clara. É fácil de detectar. Mesmo depois da morte? Claro. Para leigos parece que não, mas é. Essa descrença no caso do hermano promotor é própria de quem não entende nada, nem de intenção nem de morte.
Putz-moral: só porque é improvável, não quer dizer que seja impossível.
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