É sabido que são os marqueteiros que definem como vemos os candidatos, tanto na telinha como em outdoors e cartazes. Marqueteiros, no senso comum, são uns caras criativos, porém, em certos detalhes eles surpreendem pelo mesmismo.
O artigo primeiro da constituição do marqueteiro reza que todo candidato em campanha deve sempre aparecer sorrindo. Parágrafo primeiro: lhufas para as individualidades (ou seja, não importa se o cara fica melhor sério, o artigo primeiro diz todo mundo, é todo mundo).
Tirando fora o Boeira com aquele cartazão tamanho natural que faz a gente esquecer se ele está rindo ou não, fora o Décio Góes com aquela pinta de galã de novela da Record, a regra gera distorções. Por exemplo, o Altair Guidi aparece na foto com esse esgar acima que, sabe-se, pretendia ser um sorriso. O marqueteiro endoidou. Tá na “cara” que o Altair vai perder votos rindo assim.
O Serafim. Tem coisa mais sem graça que esse sorriso do Serafim? Nota-se que ele está desconfortável. A praia do Serafim é outra. Ele foi criado dando e levando esporro de mineiro. Nesse relacionamento, qualquer trejeito que se assemelhe a um sorriso era encarado como proposta de briga, no mínimo bichornice. Resultado: ele não sabe sorrir.
Com o Ivo, apelaram. O Putz acha que fizeram cócegas nele pra dar esse resultado. A última vez que o Ivo Carminati riu tem 40 anos, na formatura do ginásio (no Dom Orione, em Siderópolis). Depois que virou advogado criminalista então, acabou. Num juri, advogado risonho não tem chances e o Ivo desenvolveu um semblante próprio que prevê férias permanentes para os músculos da alegria.
Agora, o supra-sumo do despautério do artigo primeiro dos marqueteiros se chama Ronaldo Benedet. De onde tiraram a idéia de mostrar o Ronaldo desse jeito? Quem em sã consciência vê sorriso na foto que o marqueteiro montou pro outdoor? Cadê o sorriso gente? Estaria emaranhado no bigode?
Pra não dizer que não falamos de flores, sorte deles (os do marketing) que existem Tatis e Romannas. Ainda bem. Com sorrisos assim a possibilidade de erro some.
KKKKKKKKKKKKKKK, não consegui segurar a risada.
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