Criciúma tem um que de Barcelona

O Tigre é o nosso Barça, respeitando as devidas proporções (proporções essas: 125.000 sócios eles, 8.500 nós). Na verdade, Tigre e Barça não tem nada a ver com nada exceto por um aspecto que vamos expor e analisar aqui.

O Barça é reconhecido pela crônica esportiva por ter um estilo próprio de jogar. Não vamos nem entrar nos detalhes do estilo, mas que tem, tem. Decorre daí que todo técnico que vai trabalhar no Barça é subordinado a esse estilo. Ele tem que demonstrar sua capacidade respeitando o estilo. Ponto.

E o Tigre com isso? Alguém pode até dizer que o jogo do Tigre não tem padrão, que estilo é figurinha carimbada (rara de achar) dentro do HH. Pois nós afirmamos que tem. Temos no Tigre uma tradição onde toda equipe vencedora foi fortemente marcada por laterais com disposição fortemente ofensiva. De Itá e Sarandi a Fernandinho, passando por Luciano Almeida e Paulo Bayer, os laterais do Tigre sempre foram  marcados mais por atacar que por defender. Isso é um estilo.

Aí, vem um treinador e diz que, para ele, lateral tem que ser lateral. Traduzindo: além de jogar na lata de lixo o único resquício de padrão de jogo do Criciúma Esporte Clube, arma um time cujos flancos são peças mortas na equipe, cujos laterais são alvo da irritação de 10 entre cada 10 torcedores.

É preciso mudar. O Tigre tem um Presidente com condições de propor, senão impor, que o homem que ele contratou respeite a tradição do time. Até porque, dentre os (vários) setores do time que não funcionam esse é fácil de corrigir. Resta saber se o técnico sabe fazer correções.