agosto 23, 2009

O que há por trás da morte (da notícia)

O fato

Deu na Globo (JN de sexta – 19.08): “Jovem é encontrada morta no quarto do namorado, no Recife, com um tiro na cabeça. A arma foi encontrada ao seu lado. O namorado disse que dormia e foi acordado com o tiro. A vítima e o namorado não tinham marcas de pólvora nas mãos.”Willian Bonner

A reportagem

Disse Willian Bonner: “A polícia afirma que nenhuma hipótese foi descartada, nem a de assassinato nem a de suicídio.”

A vigilância blogal

Temos um robô neural na redação controlado por duas neurônias estagiárias loiras – assim mesmo, neurônias femininas. Robô neural porque é controlado por neurônias. Ele, o robô, tem uma só função: avisar os inteligentes e ponderados redatores sempre que uma notícia  possua algum componente enviesado, enigmático, torto ou com gosto de caqui verde. Uma vez avisados, nossos imbecis articulistas – todos altamente entrosados na arte do jornalismo (entrosados e sem diploma) destrincham da notícia o caroço  e entregam a polpa digerível para os visitantes dessa desgraça de PutzGraça degustar.

A pinça da neurônia

E o robô, guiado pelas neurônias, pinçou a fala do Bonner (soubemos que as neurônias não queriam aplicar a pinça no Bonner porque  ele é lindo – já aplicamos uma advertência nas loiras) e nos trouxe. Tiro na cabeça, arma ao lado.. Assassinado ou suícídio? Que mais poderia ser? Tinha que pinçar.  Abaixo o laudo:

O laudo

- Tiro na cabeça pode ser assassinato ou suicídio mas pode não ser. Se ao invés de Recife fosse em Varginha o autor poderia ter sido um ET. Aliens podem já ter desenvolvido a tecnologia do tiro sem pólvora, não sabemos. Uma outra hipótese, seria a morte telepática guiada por ultra-som ou ressonância magnética. É um modelo novo, com todos os predicados de assassinato normal mas com a falta de um elemento vital, ou mortal: o autor. Saber qual a relação disso teria isso a ver com a declaração da polícia do Recife é complicado. Talvez numa análise onde o enfoque seja menos besteirótico técnico que o nosso, talvez com aplicação de curvas quevedianas embebidas em rituais vodus e álcool gel possam explicar o morte da namorada. Talvez. De qualquer forma, é bom que abramos nossas mentes para versões, digamos, não convencionais contadas pela polícia. Lembramos que em Araranguá, há muitos anos, o prefeito local foi encontrado morto com dois tiros de doze e  conseguiram fazer passar a tese de suicídio. Ah! Um dos tiros era nas costas.

Um comentário:

  1. sim, eu melembro bem desta história de Ararangua´...
    o ex-prefeito se suicidou com um tiro nas costas...que covardia!

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