julho 16, 2015

O estranho mundo das manchetes

Manchetes

No sentido lato temos percebido sensíveis alterações na dinâmica criativa das manchetes. Dos jornais. De Criciúma. Está havendo uma certa permissividade cuja qual se equilibra na linha tênue do bom senso, escorregando amiúde entre o semichulo e subculto.

No strictu, temos que “Malafaia ‘vai ferrar’ a Forbes” é mais que um escorregão. O articulista, buscando uma integração mais direta com seu leitor, apela irresponsavelmente para o semichulo usando um termo que, bem analisado, não tem nada de semi. Tivesse dito “vai f&%#$ (foder) com a mãe do Forbes” teria obtido a mesma conotação e efeito mais direto.

Um outro exemplo captado pela artepaint (acima) diz respeito ao uso do termo “permeiam”. O que levaria uma pessoa em seu estado normal a escrever “permeiam”? É assustador. Uma pessoa assim é capaz de escrever qualquer coisa. Não há classificação ortosemântica para isso, mas abre-se um leque perigoso todo voltado para a perversão. O autor certamente se diverte na mesma proporção do senso de ignorância lato e strictu que provoca.

“Um brinde ao Goethe!" não vamos comentar.

Um comentário:

  1. Quer ser claro? Das palavras, a mais simples: das mais simples, a menor.

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