setembro 25, 2014

Quando a dignidade política vai para o lixo

etica

Na oposição, Lula e o PT consideravam Paulo Maluf o diabo na terra. No governo, Lula abraçou-se com Maluf para eleger o petista Fernando Haddad prefeito de São Paulo.

Na oposição, Lula e o PT metralharam Fernando Collor e lideraram o movimento pela sua cassação, por corrupção.

No governo, o PT aliou-se a “anjo” Collor e hoje apoia sua candidatura em Alagoas.

Na oposição, Lula e o PT consideraram Jader Barbalho o demônio na política do Pará. No governo, tiraram as algemas por seus malfeitos e hoje estão fechados com os Barbalho.

Na oposição, Lula e o PT queriam o couro de Renan Calheiros. Era da lista dos corruptos. No governo, defenderam seus ilícitos e agora são seus aliados em Brasília e em Alagoas.

Há dois anos, em Florianópolis, o prefeito Dário Berger(PMDB) só não chamou Raimundo Colombo(PSD) e Cesar Souza Júnior(PSD) de santos. A xingação pelo rádio e TV colocou a militância em pé de guerra. Na campanha pelas prévias do PMDB, Dário Berger valeu-se de adjetivos nada nobres para desqualificar o presidente do PMDB, Eduardo Moreira.

No fim de semana, Dário Berger, Cesar Souza Júnior e Eduardo Moreira, sob as bênçãos de Raimundo Colombo, fizeram caminhada e campanha em carro aberto, abraçados que nem réstea de cebola.

Depois ficam indagando por que a população está desinteressada, decepcionada e frustrada. Certos políticos, que depositaram a ideologia no lixo e a coerência no cemitério, também estão mandando até a dignidade para o espaço.

Transcrito da coluna de Moacir Pereira no Diário Catarinense

Um comentário:

  1. Na oposição, o PT propunha mil CPIs, denunciava mil corrupções. No poder...

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