janeiro 28, 2014

Um Putz teórico

Tapetao

Situação da Lusa é cada vez mais confusa

Por Juca Kfouri, em 27/01/2014

A cada dia, em vez de ficar mais clara, fica mais confusa a situação da Lusa.

Na sexta-feira, com ampla repercussão, o promotor de Justiça que investiga o caso teria dito que a Portuguesa recebera um e-mail da CBF informando a suspensão de Héverton.

Não fazia sentido, pois se fosse isso mesmo a própria CBF teria dado publicidade ao tal e-mail já no julgamento.

O que Roberto Senise disse, de fato, foi que a Portuguesa sabia do julgamento por meio do e-mail, como acaba de dizer ao blog ao confirmar que houve um mal-entendido na sexta-feira.

Ora, é chover no molhado, porque tanto sabia que estava lá um advogado para defendê-la.

O clube jamais alegou desconhecer a data do julgamento, mas sua consequência.

Agora o promotor afirma que alguém da Lusa pode ter recebido para prejudicar o clube.

A quem interessava que a Portuguesa perdesse os pontos?

Por óbvia, deixo a resposta ao leitor.

Fato é que, como já escrito aqui, e dito antes no “Linha de Passe” da ESPN Brasil, um dos advogados da Lusa, Valdir Rocha, teria dito ao maestro João Carlos Martins, e ele passou a informação ao blog, que apresentaria seus e-mails e ligações durante todo o sábado anterior ao jogo contra o Grêmio, ao advogado Osvaldo Sextário, sem obter resposta.

Jamais apresentou nem uma coisa nem outra.

Como jamais devolveu, como sua secretaria prometera, a ligação do blog exatamente atrás da comprovação do que ele teria dito ao maestro.

Se não bastasse, eis que a CBF faz a indecorosa proposta de empréstimo à Portuguesa, típica de quem sabe que errou.

Porque, recordemos, conversa por telefone ou por e-mail não resolve o que determina o Estatuto do Torcedor.

Entre tantas teorias conspiratórias o que parece ter havido é bem mais simples e antigo: alguém, de algum clube ameaçado pelo rebaixamento, pode ter tentado, e conseguido, induzir a Lusa a cometer a imprudência*, até por desconhecer o que manda o Estatuto.

Como o blogueiro também desconhecia e passou a saber ao receber o artigo do advogado Carlos Eduardo Ambiel, razão pela qual deixou de defender o rebaixamento da Portuguesa, convencido de que a lei federal deve prevalecer.

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(*) Na mosca. Avisamos antes. O Putz teorizou sobre a compra da vaga pelo Flu em 20 de dezembro (post aqui). Foi assim:

O presidente do Flu mais o da Unimed foram no presidente da Portuguesa e ofereceram 20 milhões pela vaga. De dólares. Mais que toda a bilheteria de um ano do time. O purtuguês teria dito: “Cês tão loko, não tem como fazer isso.”

Nesse momento, o cara da Unimed abriu uma maletona e a visão dos 20 milhões de dólares brilhando (uma cor da lusa brilhando mais que qualquer outra). Nesse mesmo momento, por coincidência, a polpuda visão operou um milagre muito conhecido no meio político, mas que pelo que se sabe não existe no futebol, que é a possibilidade de se dar bem, e o purtuguês falou: “O que eu tenho que fazer?”

Agora vem a cereja do bolo. O enviados cariocas responderam: “Nada.”

“Tá tudo preparado. Vocês tem um jogador que será julgado na sexta. O tribunal vai dar dois jogos. Já falamos com o advogado e ele vai ligar pra vocês e dizer que foi um. Já falamos com o técnico de vocês. Ele vai escalar o cara. O resto é conosco. Vocês vão entrar como vítimas.”

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