Situação da Lusa é cada vez mais confusa
Por Juca Kfouri, em 27/01/2014
A cada dia, em vez de ficar mais clara, fica mais confusa a situação da Lusa.
Na sexta-feira, com ampla repercussão, o promotor de Justiça que investiga o caso teria dito que a Portuguesa recebera um e-mail da CBF informando a suspensão de Héverton.
Não fazia sentido, pois se fosse isso mesmo a própria CBF teria dado publicidade ao tal e-mail já no julgamento.
O que Roberto Senise disse, de fato, foi que a Portuguesa sabia do julgamento por meio do e-mail, como acaba de dizer ao blog ao confirmar que houve um mal-entendido na sexta-feira.
Ora, é chover no molhado, porque tanto sabia que estava lá um advogado para defendê-la.
O clube jamais alegou desconhecer a data do julgamento, mas sua consequência.
Agora o promotor afirma que alguém da Lusa pode ter recebido para prejudicar o clube.
A quem interessava que a Portuguesa perdesse os pontos?
Por óbvia, deixo a resposta ao leitor.
Fato é que, como já escrito aqui, e dito antes no “Linha de Passe” da ESPN Brasil, um dos advogados da Lusa, Valdir Rocha, teria dito ao maestro João Carlos Martins, e ele passou a informação ao blog, que apresentaria seus e-mails e ligações durante todo o sábado anterior ao jogo contra o Grêmio, ao advogado Osvaldo Sextário, sem obter resposta.
Jamais apresentou nem uma coisa nem outra.
Como jamais devolveu, como sua secretaria prometera, a ligação do blog exatamente atrás da comprovação do que ele teria dito ao maestro.
Se não bastasse, eis que a CBF faz a indecorosa proposta de empréstimo à Portuguesa, típica de quem sabe que errou.
Porque, recordemos, conversa por telefone ou por e-mail não resolve o que determina o Estatuto do Torcedor.
Entre tantas teorias conspiratórias o que parece ter havido é bem mais simples e antigo: alguém, de algum clube ameaçado pelo rebaixamento, pode ter tentado, e conseguido, induzir a Lusa a cometer a imprudência*, até por desconhecer o que manda o Estatuto.
Como o blogueiro também desconhecia e passou a saber ao receber o artigo do advogado Carlos Eduardo Ambiel, razão pela qual deixou de defender o rebaixamento da Portuguesa, convencido de que a lei federal deve prevalecer.
******************************************
(*) Na mosca. Avisamos antes. O Putz teorizou sobre a compra da vaga pelo Flu em 20 de dezembro (post aqui). Foi assim:
O presidente do Flu mais o da Unimed foram no presidente da Portuguesa e ofereceram 20 milhões pela vaga. De dólares. Mais que toda a bilheteria de um ano do time. O purtuguês teria dito: “Cês tão loko, não tem como fazer isso.”
Nesse momento, o cara da Unimed abriu uma maletona e a visão dos 20 milhões de dólares brilhando (uma cor da lusa brilhando mais que qualquer outra). Nesse mesmo momento, por coincidência, a polpuda visão operou um milagre muito conhecido no meio político, mas que pelo que se sabe não existe no futebol, que é a possibilidade de se dar bem, e o purtuguês falou: “O que eu tenho que fazer?”
Agora vem a cereja do bolo. O enviados cariocas responderam: “Nada.”
“Tá tudo preparado. Vocês tem um jogador que será julgado na sexta. O tribunal vai dar dois jogos. Já falamos com o advogado e ele vai ligar pra vocês e dizer que foi um. Já falamos com o técnico de vocês. Ele vai escalar o cara. O resto é conosco. Vocês vão entrar como vítimas.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário