Pegando todos os componentes do título, não há a mínima possibilidade de a pane do metrô ter sido casual.
A hipótese mais provável é que o Eduardo Paes (Márcio Búrigo do Rio) estava em casa vendo a Globo e mulher dele começou a encher o saco. “Que Papa mais perfeitinho”; “olha só a fé desses jovens, que lindo”; “não se vê ninguém reclamando”; “eles são tão sorridentes, felizes, mesmo na chuva”.
De fato, todo jovem que aparecia na tela da Globo era sorridente e se ufanava de ter vindo não se sabe de onde, passou um monte de dificuldades e estava feliz.
Se há coisa irritante é gente que ri demais. E a mulher do Paes ali, incomodando. Aí o prefeito pensou: vou testar a fé e esperança desses fieis esperançosos. Pegou o celular e ligou pro chefe do metrô do Rio e mandou parar tudo.
O que sucedeu foi o que se sabe. No mesmo momento toda fé e esperança transbordante deu lugar a uma enxurrada de mau humor e reclamações. A Globo não mostrou, mas tinha jovem desejando que o metrô, o Paes o Papito e todos os argentinos fossem se danar num inferno purgatório sem transporte público, só pra ver o que é bom.
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