fevereiro 07, 2013

As delícias da vida de casado

Ciumenta

Um amigo ligou:

- Tu já saiu?

- Não (não).

- Dá uma carona?

- Ok.

Minha mulher estava escutando.

- Queeeem eeeera?????

- O Juarez?

- Que Juarez?

- O único Juarez que eu conheço, que casualmente tu também conhece.

- E o que ele queria.

- A pessoal vai se reunir na Toca da Batata. Ele também vai.

- Então porque tu disse “não”?

- Como assim?

- Tu atendeu o telefone e disse não.

- Ah! Ele perguntou se eu já tinha saído. Ele quer carona. Porra, mulhé, isso parece Teodoro e Sampaio.

- E o segundo “não”?

Fiz uma pequena pausa. Não lembrava de um segundo não. Acho que nem teve. Antes tivesse inventado alguma pergunta para a qual coubesse um outro não. O fato de ter titubeado um nano-segundo, tentando lembrar, armou todos os neurônios da mulher. Como não, se ela sabia (eu tinha dito) que ia?

- E o que era aquele “Ok” depois do “não”?

Liguei de volta por Juarez:

- Cara, me dá uma carona?

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