Você, amigo PutzNauta que acha que populismo é coisa de governos demagógicos, ouça essa: é mesmo. É, mas tem coisa nova. Descobrimos que tem um viés populista nos processos de beatificação que rolam hoje. Nada contra a Igreja, pelamor!
Se considerarmos que no bojo do contexto etimológico da palavra populismo há um componente que nos conduz para um nível, digamos, mais pobre do povo podemos dizer que… Peraí que já chegamos lá.
Vamos dizer que a classe redacional putznáutica não seja essencialmente pobre. Temos carro, por exemplo. Grande coisa, diria o Prates, qualquer miserável tem. Tudo bem, mas a gente vê cinema 3D no Shopping, por pobre não passamos. Pois é, onde estávamos… Ah! A Igreja demagógica (pelamor de novo). Descobrimos que a Igreja tende a direcionar as beatificações para a pobreza. Ou melhor, eles embutem (arg!) na campanha ou projeto de beatificação do candidato componentes de miséria. Parece que isso faz parte do marketing do processo, um algo a mais que pode melhorar as chances do futuro santo. Tá rolando agora, pra disfarçar, o lance da beata classe-média alta Zilda Arns, mas tem pouca chance. Não entra no perfil/tese do enunciado em tela.
A gente começou essa conversa por causa de um exemplo específico: a Irmã Dulce. Ela também foi beatificada. Aliás, foi com ela que o lance demagógico ficou mais explícito. Irmã Dulce tem tudo a ver com pobre, todo mundo sabe disso. Aí vem a Igreja, beatifica-a e rebatiza a freira para “Bem Aventurada Dulce dos Pobres”. Pra que isso? Deixa só Beata Dulce… Bem-Aventurada Dulce…
Aqui no Putz, a gente era fã da beata, mas com essa nos sentimos meio discriminados. Parece que a beata não é de todos. Na boa, a Igreja parece ter um quê de ricofóbica. Logo ela (pelam…).
Nós, a minoria remediada, sentimos o preconceito. É duro. Hoje, estamos reduzidos ao desamparo celestial. Somos uns Sem-Santo e, pra piorar não temos direito a bolsa nenhuma.
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