Deu no jornal a seguinte manchete:
“Marido fere mulher com machadadas na cabeça”
Povo adora ver sangue correr, desde que não seja o seu. Há! Há! Boa essa (podre, isso sim).
Falando sério, adora mesmo. Sangue, violência, desgraça, baixaria e derivados. A imprensa em geral explora isso, e pela mesma razão os jornais daqui atocham manchetes hemorrágicas (palavra tudo a ver, adoramos ela) como a acima. Se você é povo, não há como ser imune a um título desses.
O problema dessas manchetes é que o presente fica devendo à embalagem. Somos atraídos pela casca e o conteúdo nos derruba. Somos fisgados pela manchete e frustrados pelo texto.
Vamos fazer um DF – Discutir a Frustração. Nós, enquanto povo, somos atraídos por assuntos que transpirem instintos homicidas. Jogar uma manchete dessas é como soltar um boi gordo num rio infestado de piranhas vorazes. A peixalhada enlouquece. Não tem jeito, a gente pega o jornal, bate o olho na manchete e vai tisgo ler sobre a barbaridade, mordendo a gengiva, babando sangue e… Nada. Só as iniciais do
Daí a omissão do jornal.
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