setembro 24, 2018

Risco duplo

Debate

Deu que o maior drama que assola as assessorias dos candidatos é decidir se o chefe deve ir ou faltar ao debate.

Não está no manual. Tem debate que se ir perde, tem os que se não ir perde mais, e tem os que vai só para apanhar. Opa! Esse é o nó. Se o cara é líder (na pesquisa) vai apanhar. Se for apanha, mas pode se defender; se não for, só apanha.

Tem o fator desempenho. Vai, apanha e se defende mal, perde; não vai perde mais que se fosse. Se for pra bater, perde mais que apanhando e mais que se não fosse.

É preciso sistematizar. Isso tudo tem que ser calculado. Assessores e coordenador de campanha ganham uma banana de dinheiro pra isso. Tem que calcular, fazer planilha. Não é difícil.

Impostando número de debatedores, comprimento da língua, partidos (PCdoB, PSTU têm língua solta), mentiras recentes do chefe e conchavos com partidos antipáticos, é possível chegar numa variável condicionada a uma matriz aplicada ao imponderável, descontado o desvio padrão.

Depois é só perguntar pro chefe se ele tá a fim de ir

setembro 18, 2018

Erro maroto

Erro maroto
Essa deu na coluna do João Paulo Messer. Se não fosse (do JP Messer), diríamos que o estagiário louco atacou de novo. Mas não, JP é mestre nas palavras. Em tempo de eleições trocar comparado por comprado, nem estagiário gênio pensaria.

setembro 14, 2018

Desipocritalizando a eleição

compra_de_votos

Eleição é pura hipocrisia. Veja o lance do Caixa 2, por exemplo. Caixa 2 é uma instituição sagrada dos pleitos. O Lula já disse que todo mundo usa. Se o Lula sabe, imagina o resto. E mesmo assim a turma faz de conta que não existe ou não pode.

Mas não é isso que o Putz vai defender aqui, e sim a legalização da compra (e venda) de votos. Deu no João Paulo Messer que “muita gente recebeu e não votou (…) R$ 20,00 por voto tá muito caro”. É um problema recorrente, toda eleição é a mesma coisa.

Compra/venda de votos é outra instituição nacional e urge que se organize o sistema. A frase do Messer “muita gente recebeu e não votou” traz coisa embutida. Ela é uma reclamação e, se é reclamação, é de quem pagou. Isso mesmo. Em tese, do político. Por isso é preciso organizar. O político candidato é a peça mais desprotegida nessa cadeia cliente/fornecedor. Não tem garantia nenhuma e nem pra quem reclamar. Paga e não tem como cobrar. Botar o eleitor relapso no SPC? Não tem como. Já era difícil e tá ficando pior, agora mesmo proibiram o celular na cabine. Era a única chance de monitorar a entrega do produto e… proibidaço. Tá complicado.

Desipocritizar e descriminalizar, essa a nossa bandeira. Uns querem descriminalizar a maconha para acabar com o tráfico. A ideia é a mesma (nada a favor da miconha). Libera geral, aplica o CDC (Código de Defesa do Consumidor) organiza e sistematiza.

Ah! E tem uma, o eleitor também pode sair ganhando com eventual legalização. Hoje ele se sente constrangido com a clima de contravenção que envolve uma eleição. Ele não pode negociar livremente seu produto. Ele se sente um criminoso, as coisas têm que ser feitas as escondidas. Humilhante. Se liberasse dava pra botar plaquinhas nas casas, tipo, R$ 19,99, pague um leve dois (ou pague 5 e leve o 6º grátis), compre aqui com garantia até o 2º turno, organizar liquidação, etc.