A coluna e a causa

Coluna social, prisão perpétua, causa, efeito… Deu numa coluna social de Criciúma que há um movimento no Congresso a favor da prisão perpétua para certos crimes, porém, dizia a coluna, não é fácil implanta-la porque para isso é preciso remover uma CAUSA PÉTREA da Constituição Federal. Soou estranho e Seu Putz foi ao jurídico próprio, Dr. Alexandrutz, que pela via rápida (ao contrário de outros jurídicos delongosos) nos ofuscou com sua clareza: “Toda causa pétrea tem um efeito pétreo mas pode passar sem. Um efeito perverso que a causa causa é arranhar o ouvido de quem escuta. Isso acontece quando ela não é causa e sim cláusula. Isso é constitucional. Existe outras causas, não pétreas, que são as causas de massagem. Essas têm entre as cláusulas de sua constituição (de funcionamento), trabalhar quem levou pau em português ou direito. Usam cascudos como terapia.”

p.s.: Seu Putz faz aula numa dessas casas causas. Tem a cabeça inchada de tanta pancada.

Namorados em fila pra transar

Duas vertentes mercadológicas são responsáveis por esse espetáculo constrangedor que é aquela multidão de casais numa fila quilométrica à porta do motel torcendo para os que estão lá dentro gozem o mais rápido possível (o momento), para que dê tempo de ele dar a sua antes que o dia 12 acabe:

1) O marketing. Criou uma necessidade que não existia. Cidadão que nunca teve experiência sexual fora da cama própria, hoje se vê nervoso cada vez que a fila anda;

2) O crédito. Como disse tresloucadamente o apoteótico Luiz Carlos Prates, hoje todo “miserável” (sem ofensa, foi o Prates quem disse) tem carro. Carro tem tudo a ver com motel e… uma coisa leva à outra.

Agora, sem querer azedar a relação, tão vendo a fotinho acima? É a fila pros motéis da Içara antes do meio-dia. No São Simão tá igual.

Apressem-se.

Que carro é esse?

Ford 1936, de uma coleção particular em Rosario, Santa Fé – Argentina:

No Facebook…

Lindaura: André, que carro é esse?

André: Beto, me ajude a responder a pergunta dos universitários...

Beto Amboni: Esta preciosidade não é nada menos que um Ford Roadster 1936.

Lindaura (ignorante automobilística): Um Ford inglês em 1936? (volante do lado direito).

Beto Amboni: A Argentina e o Uruguai adotaram a mão inglesa até o início dos anos 40. Em Porto Alegre, no nosso Rio Grande do Sul, a mão inglesa foi adotada até a década de 20 se não me falha a memória.

A Ford além de produzir carros nos EUA, tinha fábrica na Inglaterra onde produzia também veículos específicos para o mercado inglês como o Ford Prefect. Este Ford deve ser americano produzido para exportação a países que adotavam o sistema de mão inglesa.

A Ford também produziu carros na Alemanha, antes da guerra. Henry Ford chegou a ser condecorado por Adolf Hitler em 1938.

Vide matéria da Zero Hora - Almanaque Gaúcho - 15/07/2010:

Lindaura (embasbacada): Estou impressionada. Não com o Ford, com o Beto. É uma enciclopédia. Uma aula.